quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Revivendo textos antigos.

Perfeição. É algo que pode ser interpretado de acordo com o espectador. Nós sempre a buscamos, mas ela também pode ser definida por níveis. Pode parecer bobeira, mas a linha que divide os dois extremos da perfeição é muito tênue, tanto que todos os dias vagamos entre eles: ser relapso ou ser paranóico. Basta observarmos nossas ações diárias para constatar tal fato.
Acordar todos os dias e não arrumar a cama, só porque de noite teremos que desarrumá-la para dormirmos, nos torna relapsos? Organizar meticulosamente nossos cds de acordo com o nome do artista, o ano do cd, o título do mesmo, e etc, nos torna paranóicos? Creio que cada pessoa tem uma resposta diferente para essas indagações - leia-se: nenhum indivíduo diria que suas próprias ações, que certamente possuem uma determinada justificativa, são consideradas de uma maneira ou de outra, até porque ninguém gosta de ser relapso e ninguém gosta de ser perfeito, porque esse termo só existe na teoria, e nos contos de fadas.
Ninguém é perfeito. E é disso que a humanidade sobrevive. Se fôssemos todos perfeitos, o que seriam dos príncipes encantados e das princesas indefesas? Se fôssemos todos perfeitos, o mundo seria como um grande e chato conto de fadas, onde não existiriam bruxas malvadas e magos oportunistas. Não existiria a oportunidade de aprender com os erros e não exisitiriam as decepções. De uma certa forma, um mundo sem decepções - principalmente amorosas - parece interessante e tentador, uma vez que sofrer por amor não está no topo da lista de sensações favoritas da humanidade. Por outro lado, ninguém experimentaria a sensação de ir ao fundo do poço e conseguir se reerguer, com todas as honras possíveis.
O mundo perfeito tornar-se-ia, então, um lugar apático, onde todas as emoções seriam baseadas na simplicidade e na comodidade. Não seria difícil encontrarmos príncipes e princesas de nossas vidas, porque qualquer um seria igualmente especial e todos sabemos, nesse mundo nada perfeito, que cada um é especial de sua própria forma.
O mundo perfeito não existe. E não posso dizer que não fico feliz por isso. A liberdade de mostrar o que somos nos distancia de alguns, mas é o que nos aproxima da perfeição. Como nada é perfeito, chegar perto disso tudo é o bastante para que possamos encontrar o que nos torna especiais aos olhos dos outros."
(Rafaélico, 2007).

Um comentário:

Anônimo disse...

O legal é comentar o post pelo msn né? Rs...

Booom...
Como eu falei, ainda bem q eu nem deixei vc começar...rs.

Ateh!!!